
PAISAGEM E GESTÃO DO TERRITÓRIO NO BRASIL:
AGENTES, DISCURSOS, INSTRUMENTOS E ESCALAS

Política da Paisagem
Nos últimos anos, o Brasil tem observado um interesse particular pela paisagem nas políticas públicas de uma maneira geral, sobretudo aquelas relacionadas às cidades. Ao mesmo tempo, observamos alguns movimentos de contestação que tem como base o direito não só à cidade, mas também o direito à paisagem como fundamento de seus questionamentos.
É nesse contexto que a paisagem como categoria para a gestão urbana tem sido valorizada e transformada em tema importante para a organização espacial e produção de discursos sobre a cidade e prática da cidadania. A transformação da paisagem em um problema público, cada vez de maior interesse, provoca uma demanda maior por instrumentos e ordenamento, mas também de movimentos de contestação, baseados em diferentes concepções de paisagem e diferentes espaços políticos são movimentados. Esses elementos articulam a Linha de Pesquisa "Política da Paisagem" desenvolvida pelo Geoppol no PPGG/UFRJ.
Falamos em política da paisagem quando ela é mobilizada por diferentes grupos, com diferentes intencionalidades, a partir de diferentes representações, seja do espaço em questão, seja da própria ideia do que é uma paisagem, visando algum tipo de ação e/ou de controle.
Analisar a política da paisagem nas cidades brasileiras significa portanto, pensar como ela é tratada como um problema público e como é mobilizada por diferentes grupos visando alcançar determinados objetivos. Esse é o tema do projeto de Pesquisa Paisagem e Gestão no Território do Brasil: agentes, discursos, instrumentos e escalas.